sábado, 12 de abril de 2008

O CARRO ELÉCTRICO E A BAIXA PORTUENSE

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O carro eléctrico e a baixa portuense


Demorou 30 anos, mas finalmente voltou.
Bem-vindo, carro eléctrico!
O seu regresso trás mais poesia à cidade!
A cidade, e o comércio de rua (tradicional) aplaudem, ou devem aplaudir a ideia e a sua concretização.
Ao contrário da presidente da Associação dos Comerciantes do Porto, e como comerciante, apoio completamente a sua vinda.
Entendo que é bom para a cidade.
Retarda a pressa e aumenta a mobilidade e a qualidade de vida.
Para além disso, é mais uma atracção que a cidade oferece, e o Porto precisa de ter coisas que as outras cidades não têm, e que tragam turistas nacionais e estrangeiros, para as ver.
E o eléctrico pode ser uma delas.
A baixa da cidade não irá melhorar significativamente com a vinda dos amarelinhos, como se fosse uma mezinha milagrosa, mas que pode ser uma ajuda, e todas as ajudas são bem-vindas, lá isso pode!
Pena é que ninguém tenha, ainda, tido a ideia de transformar a linha 22, com uma assiduidade maior que a que se propõe (por exemplo de 10 em 10 minutos), numa linha gratuita, paga por todo o comércio, através da sua associação, com os dinheiros das quotizações dos seus associados ou os do Porto Vivo, ou pela Câmara Municipal, como ajuda à revitalização do centro da cidade, que é e sempre foi uma bandeira desta administração, ou por ambas, em parceria.
Deveria ainda, ter um horário um pouco mais alargado, se nos lembrarmos que uma parte do comércio, no centro da cidade, abre às 9h e fecha às 20h, e fora desse horário a baixa parece um deserto cheio de insegurança.
Pode ser que agora, feito este alerta, os senhores pensadores da nossa cidade, pensem um pouco mais em nós, e nas nossas necessidades.
O carro eléctrico pode vir a ser uma boa ajuda para diminuir a desertificação do centro em algumas das horas de menos movimento, e no essencial, precisamos de gente, e de segurança, a todas as horas do dia e da noite, na baixa portuense.
O carro eléctrico faz parte da memória da cidade e merecemos o seu regresso para que faça também parte do nosso futuro.
Fomos os primeiros da península ibérica a tê-los e devemos mantê-los bem vivos.
O Porto com eles fica ainda mais belo.

José Magalhães*


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